AINDA COLABORANDO COM A ENCICLOPÉDIA, COMO REESTRUTURAR UM ORGAO FALIDO......
ESTA EU TIREI LÁ DO BLOG DO ALEXANDER THOELE:
http://oglobo.globo.com/blogs/suica/ Distante mais de 10 mil quilômetros do Brasil, acompanho deprimido o escândalo no Senado. Leio no O Globo que o presidente da Casa, José Sarney, encontrou formas criativas de incluir parentes e amigos no seu quadro de funcionários. Só não entendo porque o político maranhense não emprega essas pessoas no Sistema Mirante de Comunicação, empresa familiar, pagando o dobro do salário. Não me surpreendo! Ele, como escritor, precisa ter imaginação para autorizar os atos secretos. Seguramente é o mesmo talento que usou para criar planos econômicos mirabolantes e deixar de legado a moratória e uma inflação de 84,32% ao mês no final do seu mandato. Infelizmente o eleitor não tem memória e nem lê os livros de Sarney. A tristeza me fez pensar na Suíça, onde vivo meu exílio voluntário. Como funciona o Parlamento? Ser deputado ou senador no país dos Alpes é como ganhar na loteria? Pesquisei diretamente na fonte. No Parlamento suíço trabalham 295 pessoas. Nenhum deles é funcionário público. Desde uma revisão legal em 2000, a figura do funcionário público, indemissível, não existe mais na Suíça. Os "colaboradores" do serviço público são simples empregados como no comércio. Concurso público? No Parlamento suíço os funcionários são contratados através de simples anúncios publicados na internet ou nos jornais. E o dinheiro? Por funcionar em sistema de milícia, o deputado e senador suíços não têm salários. Eles apenas recebem indenizações pelo seu trabalho (a tabela está disponível na internet). Como exemplo: a participação dos parlamentares em cada sessão é remunerada em 425 francos (774 reais). O Parlamento só tem quatro sessões de três semanas por ano. Raramente é convocada uma sessão extraordinária, como no Senado brasileiro este ano. Antes que esqueça: o presidente do Senado ou da Câmara dos Deputados na Suíça ganha um adicional de apenas 40 mil francos (79 mil reais). Outros privilégios dos parlamentares são um abono de trem na 1° classe. Porém, ao contrário dos colegas brasileiros, eles não têm apartamentos funcionais, funcionários de gabinete, passagens aéreas ou carros com motorista. Apenas recebem um adicional anual de 31.750 francos (57 mil reais) para custear o exercício do mandato. Um reforço à transparência do Congresso helvético é a lei que obriga todos os parlamentares a declarar suas atividades profissionais. Tabelinhas publicadas na internet mostram claramente se um deputado ou senador tem, além do seu trabalho, outras fontes de renda como assentos em conselhos de administração de empresas. Assim é possível ver onde a pessoa está com o pé preso... Aos leitores interessados em saber as diferenças entre o Brasil e a Suíça, recomendo a excelente entrevista feita no início de junho pelo meu colega Claudinê Gonçalves com o presidente do Senado suíço, o socialista Alain Berset. Ele não tem salário, carro oficial, funcionários ou parentes empregados. E detalhe: já viveu no Brasil, onde foi pianista de bar.
Foto: Senado suíço em Berna
Foto: Senado suíço em Berna
2 comments:
Está faltando "Ordem e Progresso", ficou só na bandeira. Aliás só faltam rasgar ela, porque a constituição já rasgaram.
É uma falta de vergonha generalizada dentro do PMDB incluíndo Santa Catarina.
Está publicado sim, apareceu aqui.
Deleta este, abração.
Otavio
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